Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, se orgulha de ser uma das cidades que ainda conta com um grande número de salas independentes de cinema nas ruas. Com a multiplicação das grandes salas de cinema em shoppings centers, fenômeno que acontece em todo o país, consequência das expansão das grandes empresas de cinema no Brasil, cada vez mais as pequenas salas são fechadas. Essas pequenas salas dedicam-se, muitas vezes, à filmes chamados com carinho de "lado b", ou alternativos.
São filmes mais dedicados a temas cotidianos, sem atores ou atrizes conhecidos pela mídia internacional, sem grandes clímaxes ou investimentos de grande porte. Mesmo assim possuem sua grandeza, muitas vezes, na singeleza com que tratam muitos temas, comuns ao homem em todos os países e culturas, pequenas extensões do dia a dia e de assuntos para os quais nem sempre paramos para pensar caso não tenhamos alguém muito perto que passa por alguma dificuldade semelhante. É um verdadeiro convite à reflexão.
Vale se aprofundar no assunto com as informações veiculadas pelo clube de cinema de Porto Alegre, que existe desde o fim da década de 50 e é sinônimo, ao mesmo tempo, de resistência e vanguarda. Ao passo que se dedica à manutenção de um ambiente independente e que não ceda à pressão capitalista, é de vanguarda no que se refere à trazer inovações e tratar de assuntos que ainda não estavam em pauta na cena artística da cidade, e, muitas vezes, do país.
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