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Boca da Onça: O TemporadaLivre desceu pelo maior rapel em negativo do Brasil!

31 de Julho de 2020 - Tempo de Leitura:


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Boca da Onça: O TemporadaLivre desceu pelo maior rapel em negativo do Brasil!

Que a cidade de Bonito,  no Mato Grosso do Sul, é um lugar mágico com paisagens deslumbrantes, todo mundo sabe. Porém o lugar também reserva ótimas atividades que fazem a adrenalina aumentar. São ótimas trilhas em meio a mata, passeios de bote pelo rio com direito a quedas d'aguá e até o maior rapel em negativo do Brasil! Sim, isso mesmo. O maior rapel em negativo do Brasil, com 90 metros de altura. 

Esse rapel está localizado dentro do parque Boca da Onça, que possui uma das mais extensas trilhas de Bonito-MS. O TemporadaLivre que adora uma aventura, se arriscou no rapel e agora conta tudinho para vocês. Bora lá?

Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Receptivo parque Boca da Onça - ©TemporadaLivre
Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Receptivo parque Boca da Onça - ©TemporadaLivre

O que é rapel em negativo?

Mas afinal, você sabe o que é rapel em negativo? O rapel em negativo é feito de forma suspensa, sem o apoio dos pés nas rochas. O suporte é feito por uma corda e pelo equipamento que envolve sua cintura e pernas, formando uma espécie de cadeirinha em que você se apoia para fazer a descida.

No parque Boca da Onça, o rapel é feito desta forma para evitar a erosão e o desmoronamento dos barrancos, já que a as formações calcárias das rochas podem sofrer desgastes. Para dar acesso ao abismo por onde é feito a descida, o parque construiu uma plataforma que adentra 15 metros pelo precipício. A aventura é muito segura e pode ser feito com crianças a partir de 12 anos. 

Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Rapel Equipamentos - ©Bonitour
Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Rapel Equipamentos - ©Bonitour

Treinando a descida de Rapel

A aventura do TemporadaLivre começou bem cedinho. Antes das 7h já estávamos no receptivo do parque. Ao chegarmos no local, fomos orientados pela equipe da recepção e ficamos aguardando, pois passaríamos por um treinamento. E assim, logo depois, fomos chamados para iniciar esse pequeno treinamento.

De início, os guias e técnicos explicam como funcionam o equipamento de segurança e como será realizada a descida, passando item a item e indicando qual a finalidade de cada um. Ali, você sente-se mais seguro, embora a adrenalina ainda corra pelas veias. 

Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Rapel Equipamentos - ©TemporadaLivre
Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Rapel Equipamentos - ©TemporadaLivre

Logo depois, começamos a vestir o equipamento de descida e segurança. O equipamento inclui a cadeira de apoio, capacete, cordas, luvas e outros itens de segurança. Logo depois, subimos uma plataforma de treinamento com 12 metros de altura. Embora bem menor do que os 90 metros que nos espera, já é possível ter uma ideia de como será a aventura. Subimos a plataforma e eu fui a primeira a descer. Ficamos na ponta da plataforma e abaixo de nós há um alçapão que dá acesso ao abismo. Você deve ficar com um pé em cada borda do alçapão e assim, depois de aberto, você inclina seu corpo para trás, apoiando-se nessa espécie de cadeirinha formada pelo equipamento de segurança, depois, só suspender os pés! Pronto, você já está suspensa no ar. 

Dica importante! Para fazer o rapel, o mais indicado é utilizar leggings ou bermudas até o joelho, pois o equipamento de segurança é passado pela sua cintura e pernas. Com esse tipo de vestimenta, você evita se machucar devido o atrito das cordas e do equipamento em sua pele. 

Ali começou a pequena descida de 12 metros. Assim, você consegue treinar a forma correta de abrir o mosquetão para deixar a corda correr, a forma correta de deixar os pés, como manter a corda esticada corretamente e assim por diante. O treinamento é bem fácil e te tranquiliza, mas eu não via a hora de descer os 90 metros e apreciar a paisagem de lá de cima. Após todos realizarem o treinamento, partimos para o local principal.

Descendo o Rapel

Para chegar até o cânion onde foi construída a plataforma, o parque disponibiliza uma van. Assim, você é transportado até o ponto de inicio do rapel. O passeio é curto, mas a ansiedade só aumenta. Chegando lá, os treinadores repassam as informações importantes e começam a preparar a descida. O visual que você tem da plataforma já é deslumbrante. Desse ponto, é possível ver grande parte do parque e você fica encantado com tanta beleza. Depois, o equipamento de segurança é checado novamente e então, você é ligado a corda principal. Agora não tem como fugir.

Embora o treinamento seja individual, a descida pode ser feita em dupla. Assim, decidimos eu e meu companheiro descermos juntos. Conforme orientado, ficamos um de frente para o outro, com os pés nas bordas do alçapão. Quando a porta é aberta, você vê aquele precipício enorme bem abaixo de você! São 90 metros de queda livre até a plataforma de "aterrissagem". A sensação é maravilhosa! 

Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Descida Rapel - ©TemporadaLivre
Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Descida Rapel - ©TemporadaLivre

Depois, você se sustenta na cadeirinha de apoio, assim como no treinamento, entrelaçando a sua perna com a de quem está a sua frente. E a aventura começa. Ao descer poucos metros, você já começa ter a sensação de liberdade e então passa a aproveitar o passeio para valer. Ali, a ansiedade vai embora e você só quer curtir aquele momento o máximo possível. Você tem uma visão privilegiada do parque, vendo inclusive uma parte da cachoeira Boca da Onça, que dá nome ao parque. 

A descida é rápida, mas indescritível. Ao chegar na plataforma lá embaixo, a única coisa que você quer fazer é subir tudo de novo para descer mais uma vez. Porém, para nós, a aventura ainda não tinha acabado. Ainda iríamos realizar a trilha pelo parque. 

Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Descida Rapel - ©TemporadaLivre
Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Descida Rapel - ©TemporadaLivre

A trilha pelo Parque Boca da Onça

Depois da descida de rapel, a equipe desce a nossa mochila pela corda, pois não podemos levar nada conosco durante o rapel, inclusive aparelho fotográfico, somente se tiver suporte para capacete. Assim, depois de pegarmos a mochila, ficamos aguardando um grupo que estava iniciando a trilha chegar até o ponto de encontro em que estávamos. Poucos minutos depois, avistamos o grupo. A guia que se apresentou e assim continuamos o caminho. 

Fizemos a trilha "descendo", ou seja, é a trilha que inicia-se no ponto mais alto e então começa a descer pelo território. Apenas no final é que possui alguns pontos de subida, porém nada muito pesado. Já quem inicia a trilha a partir do outro lado, pega grandes trechos de subida no final do trajeto. O total do trajeto possui 4 km

Assim, seguimos o caminho, passando por trechos de pedras, plataformas de madeira e algumas partes escorregadias devido a vegetação molhada. Por isso, é muito importe estar de sapatos com solado de borracha e que se firme bem aos pés. A primeira parada foi na cachoeira Boca da Onça. O lugar é muito bonito, com uma enorme queda d´água formando uma pequena lagoa. Ficamos ali alguns minutinhos e nos refrescamos nas águas. A cachoeira tem esse nome pois dizem que as rochas formam uma imagem de uma boca de uma onça. Confesso que até agora estou procurando essa tal boca. 

Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Cachoeira Boca da Onça - ©TemporadaLivre
Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Cachoeira Boca da Onça - ©TemporadaLivre

Depois, seguimos o trajeto e realizamos diversas paradas para banho em diferentes e maravilhosos rios e cachoeiras pelo local. Algumas cachoeiras são muito fundas, portanto, o uso de colete salva-vidas para quem não sabe nadar é fundamental. Muitas delas também possuem cordas para facilitar e guiar o passeio na água.

Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Cachoeiras com formações calcárias - ©TemporadaLivre
Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Cachoeiras com formações calcárias - ©TemporadaLivre

A cada parada você se encanta ainda mais com o visual do lugar. Algumas cachoeiras são proibidas para banho, pois os degraus foram se formando com a junção de material orgânico, ou seja, folhas, galhos e a própria água vão solidificando e transformando aquele material em calcário, porém, esse material é muito frágil e pode se desmanchar com o peso. Mas a vista é magnífica. 

Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Cachoeiras com formações calcárias - ©TemporadaLivre
Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Cachoeiras com formações calcárias - ©TemporadaLivre

Um dos locais mais interessantes é a cachoeira Buraco do Macaco. O local é, como o próprio nome diz, um buraco, formando uma espécia de "panela" por onde a água escorre para dentro da caverna. Na lateral há uma pequena passagem por onde é possível entrar e acessar o meio dessa "panela". 

Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Cachoeira Buraco do Macaco - ©TemporadaLivre
Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Cachoeira Buraco do Macaco - ©TemporadaLivre

Essa passagem é bem pequena, sendo que grande parte do seu corpo fica submerso, somente a cabeça fica fora d'água. Mas se você não sabe nadar, calma! É bem fácil passar. É só colocar o colete salva-vidas e guiar-se pela corda de apoio que foi fixada do início da abertura até a outra extremidade da caverna. Eu que sou bem medrosa com água e não nado muito bem, entrei sem problemas. O visual de lá de dentro é indescritível. Como é escuro, a luz que incide pela abertura deixa a água ainda mais translúcida, com um azul-piscina maravilhoso.

Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Cachoeira Buraco do Macaco - ©TemporadaLivre
Legenda

Depois de mais algumas caminhadas e paradas de banho chegamos a um centro de apoio. É um local onde você pode comprar água, bebidas e alguns lanchinhos. Também tem telefone e atendimento médico, caso necessário. Neste ponto é possível encerrar a caminhada, pois mais alguns metros chega-se ao receptivo. Porém, para quem quiser continuar, há uma caminhada de mais ou menos duas horas pelo restante da trilha mata adentro. O nosso grupo acabou se dividindo. Alguns decidiram parar por ali, enquanto outros continuaram o passeio. Nós continuamos. 

Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil  - ©TemporadaLivre
Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil  - ©TemporadaLivre

Depois de mais algumas caminhadas e paradas em cachoeiras deslumbrantes, chegamos ao final do passeio. Durante o trajeto você também pode encontrar alguns animais e muitas aves silvestres. Vimos tucanos, araras, garças e diversos macaquinhos. A guia também nos apresentou algumas espécies de árvores e plantas nativas. Quando chegamos ao receptivo, às 14h,  um enorme banquete nos aguardava. O almoço estava sensacional, com vários tipos de massas, carnes, saladas e muita coisa gostosa. Ah! o valor do almoço já está incluso no pacote.

Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil  - ©TemporadaLivre
Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil  - ©TemporadaLivre

Depois do almoço bateu aquela moleza. Então fomos descansar na parte exterior do receptivo. Ali tem uma piscina de água de rio com alguns bancos e guarda-sóis para você descansar. Também há alguns tanques de peixes com diferentes espécies. Ficamos ali por um tempo, curtimos a piscina e aproveitamos o dia. Ao final da tarde, uma enorme chuva começou a surgir e decidimos voltar para nossa hospedagem. 

Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Receptivo Parque Boca da Onça - ©TemporadaLivre
Boca da Onça: Maior rapel em negativo do Brasil - Receptivo Parque Boca da Onça - ©TemporadaLivre

Ao final do passeio estávamos cansados, mas maravilhados com tudo que vimos. Desde a descida do rapel, até o trajeto da trilha com os banhos de cachoeira, são passeios que valem a pena cada segundo. Portanto, recomendamos que, ao visitar Bonito-MS, conheça o lindo parque Boca da Onça e tenha a sensação de liberdade ao descer pelo rapel. Com certeza será uma experiência que você jamais vai esquecer. 

Ah! E não se esqueça que aqui no TemporadaLivre existem opções de hospedagem de temporada em Bonito-MS. Acesse nosso site e confira!


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